terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Harmonização

Música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma por meio dos sons. 
A música divide-se em 3 partes fundamentais, que são: 
Melodia: que é a combinação dos sons quando são executados uns após os outros formando um sentido inteligível; 
Harmonia: é a combinação dos sons quando são executados juntamente (dois ou mais sons), formando um conjunto que soam como se fossem um só. 
Ritmo: é a arte de combinar os sons, subdividi-los e organiza-los dentro de determinados espaços de tempo, criando uma variação de estilos e forma de executa-los. 

As propriedades da música e suas diversas variações foram criadas em função de tempo e de combinações. 

O princípio gerador das combinações é uma seqüência de sete notas (sons), que é chamada Escala Base. 

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Que se repetem quase que infinitamente tanto no sentido positivo (ascendente (à)) quanto no sentido negativo (descendente (ß)). Damos o nome de Agudos aos sons Ascendentes e Graves aos sons descendentes. 
Criou-se, para efeito de organização, uma definição que todo os sons são gerados à partir do DÓ chamado central no piano. Sendo sua freqüência variável em 4,100 Hz. Daí partimos em ambos os sentidos formando as escalas. 

Como estas sete notas têm um combinação perfeita, mas que partindo de outra nota que não seja o DÓ central, dá se a impressão de que não forma o mesmo sentido. Daí criou-se os intervalos, que são notas que estão entre as sete notas convencionais. Para representa-los, das sete notas existentes, dividiram-se cinco, formando uma escala de doze notas. 

DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI

SI – SIb – LÁ – LÁb – SOL – SOLb – FÁ – MI – MIb – RÉ – Réb - DÓ. 

Sendo: # (sustenidos) em sentido ascendente e b (bemóis) em sentido decrescente. 
À essa Escala de doze notas, damos o nome de Escala Cromática, Diatônica ou Semitônica. 

A menor distância que existe entre uma nota (som) e outra(o) é chamada de SEMITOM, e a distância entre duas nota é chamada de TOM. Observe: 

DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI – DÓ (Reinício) ST ST ST ST ETC... 

Observe que a distância entre Dó e Dó# é de meio tom ou um semitom, e a distância entre Dó e Ré e de um tom. A distância entre Dó e Ré# e de um tom e meio, a distância entre Ré e Fá# é de dois tons e assim por diante, soma-se de meio em meios-tons e descobre-se a distância entre as notas da Escala. Cada nota de uma Escala é chamada de Grau dessa Escala. Dentro da Escala Natural – de sete notas há sete Escalas. E na Escala Diatônica existem doze Escalas naturais.

Para descobrir cada Escala, basta iniciarmos de quaisquer das sete ou doze notas das Escalas e percorrermos o caminho, conforme escala padrão natural. Observe abaixo: 
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ 
T T ST T T T ST

ONDE: 
T (um tom) e ST (semitom) 

Se iniciarmos uma Escala em Ré, teremos: 

RÉ – MI – FÁ# – SOL – LÁ – SI – DÓ# - RÉ 
T T ST T T T ST

Esta escala será chamada Escala Natural de Ré, porque começa com a nota Ré. E assim por diante... a escala que começa em Dó será chamada de Dó, etc. 
Baseado na Escala Natural podemos criar variações e assim através disto descobrir novas possibilidades de combinações. 

Harmonização Ú é a propriedade da música que tem como objetivo combinar e organizar os sons de maneira que formem um conjunto em harmonia (que soa bem aos ouvidos). 

Para definirmos o sentido de harmonização, tomaremos como exemplo o acorde de DÓ MAIOR. O acorde de DÓ MAIOR é formado pela combinação de três sons: 
Dó – que é chamado tônica, porque é ele quem dá nome ao acorde e porque é o que soa mais destacado. 
Mi – que é chamado terça porque é o terceiro grau, partindo da tônica; 
Sol – é chamado Quinta porque é o quinto grau, partindo da tônica. 
Graus: 
Usamos a escala cromática de Dó maior como exemplo. 

Escala cromática de dó maior: 

Notas: DO DO# RE RE# MI FA FA# SOL SOL# LA LA# SI 
________1º________2º______3º__4º________5º________6º_______maj7º

Nomenclatura dos graus:___________________Símbolos: 
1º Tônica__________________________________T 
2º-Segunda menor___________________________2m
2º segunda maior____________________________2M
3º-terça menor______________________________3m
3º terça maior_______________________________3M
4º justa_____________________________________4J
5º-diminuta__________________________________5º
5º Justa_____________________________________5J
5º# quinta aumentada__________________________5#
6º sexta maior________________________________6M 
7º-sétima menor______________________________7m
7º-sétima maior_______________________________maj7
Os acordes (harmonias) são nada mais que pilhas de notas que pertencem a mesma escala. Para isso vamos dispor a escala de Dó maior assim:
Partindo do primeiro grau:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI
Partindo do terceiro grau:
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ
Partindo do quinto grau:
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ

As notas empilhadas ficam assim:

DO = MI = SOL: DO Maior
RE = FA = LA: RE Menor
MI = SOL = SI: MI Menor
FA = LA = DO: FA Maior
SOL = SI = RE: SOL Maior
LA = DO = MI: LA Menor
SI = RE = FA: SI Menor c/ quinta menor

Existem dois tipos de harmonias:

Tríades: que é formada por três graus da escala, no caso de Dó maior:
DÓ: Tônica do acorde
MI: Terça do acorde
SOL: Quinta do acorde
A tríade é um tipo de harmonia consonante, porque seus graus combinam-se perfeitamente, formando um som definido.

Tétrades: que é formada por quatro graus da escala, no caso de Dó maior:
DÓ: Tônica do acorde
MI: Terça do acorde
SOL: Quinta do acorde
SI: Sétima do acorde
A tríade é um tipo de harmonia dissonante, porque seus graus quando soam juntos dão um idéia de desarmonia, mas pertencem à mesma escala.

Maior ou menor ?
Um acorde é maior quando sua Terça (terceiro grau) é maior.
Para que seja maior é preciso observar a seguinte regra:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
1t 1t ½ t 1t 1t 1t ½ t

Observe o caminho que fez a escala de Dó maior, conforme explicado anteriormente.

Um tom de Dó à Ré, um tom de Ré à Mi, meio tom (semitom) de Mi à Fá, um tom de Fá à Sol, um tom de Sol à Lá, um tom de Lá à Si e meio tom de Si à 8ª (Dó) Então quando a distância entre a Tônica e a Terça forem de dois tons, a Terça será maior.
Agora conte da Tônica até a 5ª (Sol), serão três tons e meio. Quando a distância entre a tônica e a 5ª forem de três tons e meio a 5ª será maior.
Confira:

Todo acorde, como já vimos anteriormente, é formado por três graus maiores, que são: 1º (tônica), 3º (Terça) e 5º (Quinta). Então a tríade de Dó maior será:

(Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó)

DO
Mi
Sol

Quando a Terça de um acorde for menor (se a distância entre a tônica e a Terça for de um tom e meio) o acorde também será menor. Veja no exemplo:

(Dó - Ré - Mib - Fá - Sol - Láb - Si - Dó)

DO
Mi bemol (ou Ré sustenido)
Sol
Sustenido e bemol são formas diferentes de representar os semitons.

Enquanto sustenido (#) representa meio tom subindo na escala, bemol (b) significa meio tom descendo na escala.

Existem uma vasta complexidade na harmonização, isto dá-se porque existem infinitas combinações. Mas cada tipo de harmonia têm um escala como origem.
Para defini-las foi preciso criar escalas, que são chamadas gregas, pois têm seu princípio baseado nos estudos da música grega. São elas:

Jônio
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Dórico
RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ

Frígio
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI

Lídio
FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ

Mixolídio
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL

Aeólio
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ

Lócrio
SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Toda escala, como já foi explicado, têm sua formação na escala Cromática:

DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI
Agora contado de Dó (1º grau) a Mi (3º grau) são exatamente dois tons. TÉTRADES (DISSONANTES)

Toda tétrade, como já vimos, têm como formação quatro graus. E esses graus seguem o mesmo padrão da tríade, ou seja, são notas empilhadas, que, de acordo com sua posição terão um nome específico.

Ex.:
A tétrade de Dó maior

Escala natural maior: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
Começando da Tônica: MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
Começando da Terça: SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL
Começando da Quinta: SI – DÓ– RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Então vemos que a tétrade de Dó maior formada pelo empilhamento das notas, sequenciando de três em três graus, formamos um acorde maior com uma sétima maior.

C7M

Vamos analisar as tríades
Como já vimos, a tríade é formada por três graus (1º, 5º e 6º graus).
A tríade muda de nome de acordo com sua formação:
Para mudarmos sua formação devemos analisar os intervalos que existem entre um grau e outro.
Vejamos:

DÓ – DÓ# – RÉ – RÉ# – MI – FÁ – FÁ# – SOL – SOL# – LÁ – LÁ# – SI – DÓ

Como já podemos observar, a escala acima é uma escala cromática. Que é formada por semitons, e por ela ter começado em DÓ será chamada de escala cromática de DÓ MAIOR. Como mostra a tabela acima os graus dependem do acidente (# ou b) para serem identificados.
Se for # (sustenido) serão maiores ou aumentados
Se for b (bemol) serão menores ou diminutos.
Trabalhando com as tríades veremos que existem quatro tipos delas:
TRÍADE NATURAL

1ª) sendo:
DÓ: T (tônica)
MI: 3ª (Terça maior)
SOL: 5ª (Quinta maior)

TRÍADE MENOR

DÓ: T (tônica)
Mib: 3ª (Terça menor)
SOL: 5ª (Quinta maior)
TRÍADE AUMENTADA

DÓ: T (tônica)
MI: 3ª (Terça maior)
SOL#: 5ª (Quinta aumentada)

TRÍADE DIMINUTA

DÓ: T (tônica)
Mib: 3ª (Terça menor)
SOLb: 5ª (Quinta diminuta)

Vamos analisar agora as tétrades

A tétrade têm sua formação parecida e originária da tríade, só que com um grau a mais. Esse grau é justamente uma Terça maior (partindo da Quinta) exemplo:

Partindo da Tônica:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

2 tons - então é uma Terça maior

Partindo do terceiro grau:
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ

1 tom e ½ - então é uma Terça menor

Partindo do quinto grau:
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ

2 tons - então esta é uma Terça maior.

Empilhando as notas
DÓ–RÉ–MI–FÁ–SoL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL- LÁ–SI
MI–FÁ–SOL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ–SI-DÓ– RÉ
SOL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ–SI–DÓ– RÉ–MI–FÁ
SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ–SI–DÓ–RÉ–MI–FÁ–SOL–LÁ

nova seqüência partindo do sétimo grau.
Dessa forma nós temos as tétrades de Dó maior. E seus nomes serão:

As notas empilhadas ficam assim:

DO = MI = SOL = SI: DO c/ sétima Maior
RE = FA = LA = DO: RE Menor c/ sétima menor
MI = SOL = SI = RE: MI Menor c/ sétima menor
FA = LA = DO = MI: FA c/ sétima Maior
SOL = SI = RE = FA: SOL Maior c/ sétima menor
LA = DO = MI = SOL: LA Menor c/ sétima menor
SI = RE = FA = LA: SI Menor c/ quinta menor e sétima menor 
CROMÁTICA
A escala cromática é formada por ½ e ½ tons, isto chama-se simetria, porque são distâncias iguais. 

HEXAFÔNICA
Agora temos a escala hexafônica. 

A escala hexafônica é formada de tom em tons: 

DÓ – RÉ – MI – FÁ# - SOL# - LÁ# - DÓ
DIMINUTA

Formada de um tom e meio consecutivos: 

DÓ – RÉ – MIb - MI- FÁ – SOLb – LÁb - SIbb – DÓ

PENTATÔNICA

A escala pentatônica origina-se da escala maior, na verdade é uma escala maior sem os 4º e 7º graus: 
Exemplo: 
Escala maior (modo Jônio) 

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Escala pentatônica maior

DÓ – RÉ – MI – SOL – LÁ 

Diz-se pentatônica porque é formada de apenas 5 graus. 

Existem também as escalas harmônicas e melódicas

Estas escalas são muito usadas porque geram uma série importantes de novas combinações harmônicas. Mas para que se possa entender, preste atenção na explicação abaixo. 

Toda escala maior têm uma outra escala dentro dela, que é uma escala menor. E essa escala têm sua formação baseada da mesma forma que a tríade. A essa escala damos o nome de escala relativa e que começa no sexto (6º) grau da escala natural maior. Veja no exemplo abaixo: 

Escala natural maior de Dó maior

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
(– LÁ – )Aqui começa a escala relativa menor. 

Então a escala relativa menor de Dó maior será: 

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ 
1 t ½ t 1 t 1 t ½ t 1 t 1 t

Como você pode notar ela começa em Lá, portanto será a escala de Lá menor. 

Mas voltando às escalas Harmônicas e Melódicas ... 
Harmônicas
A escala harmônica é a mesma relativa, só que com o sétimo grau alterado. Ex.: 

_______LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL #
Sendo__T___2ª M_3ªm__4J__5J___6m___7ªM 

Analisando a escala: 

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL # – LÁ 
1 t ½ t 1 t 1 t ½ t 1 t ½ t

Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Terça forem menor que dois tons a Terça será uma Terça menor, é o caso desta escala. Ela é uma escala menor por esta razão. 
Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Quinta forem de três tons e meio a Quinta será uma maior. Neste caso a Quinta desta escala será uma Quinta maior. 

Agora vamos empilhar as notas: 
Partindo do primeiro grau: 
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ
Partindo do terceiro grau: 
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ 
Partindo do quinto grau: 
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI 

Dispondo-os em ordem, a tríade de Lá menor será: 

LA – DO – MI: lá menor
SI – RE – FA: si meio diminuto 
DO – MI – SOL: do Maior
RE – FA – LA: re menor
MI – SOL – SI: mi menor
FA – LA – DO: fá Maior
SOL# - SI – RE: sol# diminuta
LA – DO – MI: lá menor

Agora o empilhamento para a descrição das tétrades: 

Partindo do primeiro grau: 
LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ
Partindo do terceiro grau: 
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ 
Partindo do quinto grau: 
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
Partindo do sétimo grau: 
SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI– FÁ – SOL#

Dispondo-os em ordem, a tétrade de Lá menor será: 

LA – DO – MI – SOL#: lá menor com sétima Maior
SI – RE – FA - LA: si meio diminuto 
DO – MI – SOL# - SI: do Maior com 5 aumentada e sétima Maior
RE – FA – LA - DO: re menor com sétima e décima primeira aumentada
MI – SOL# – SI - RE: mi Maior com sétima Maior 
FA – LA – DO - MI: fá Maior com sétima Maior 
SOL# - SI – RE - FA: sol# diminuta
LA – DO – MI – SOL#: lá menor com sétima Maior

Se você observar nas escala gregas (Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Aeólio e Lócrio), que estão na página 4, vai ver que a escala relativa menor chama-se Aeólio na escala de Dó maior. Mas devido à alteração que ela sofreu no sétimo grau (sol#), na Tétrade ela se chamará: 

Aeólio7+ (Aeólio com sétima maior) 
A sétima será chamada maior porque o sol é sustenido. Veja no quadro de graus na página 05. A escala harmônica então terá o nome de AEÓLIO7+.
Agora, se separarmos os modos, começando da harmônica (AEÓLIO7+), teremos os agrupamentos harmônicos da relativa menor de Dó, no nosso caso é a Lá menor (6º grau da escala de Dó): 

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ: modo AEÓLIO7+
SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI: modo LÓCRIO6
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ: modo JÔNIO5#
RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ: modo DÓRICO4#
MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI: modo MIXOLÍDIO6b9b
FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ: modo LÍDIO9
SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI– FÁ – SOL# : ALT6/DIMINUTA
Veja só uma nova escala (ALT6/diminuta). Explicando-a: 

Esta escala têm nome de escala diminuta (ALT significa alterado), então ela é uma escala diminuta alterada. Na verdade ela não é bem uma diminuta, e sim um arpegio diminuto. E o nome de diminuta é uma referência à tríade, o 7º grau dobrado bemol, conforme página 8 (DIMINUTAS). Primeiro vamos entender o termo ALT (ALTERADA). Diz-se tríade alterada quando uma tríade vem acompanhada de: 

2b/9b que é 2ª menor/9ª menor
2/9 que é 2ª aumentada/9ª aumentada que também é uma 3ª menor
5b/11 que é 5ª diminuta ou 11ª aumentada que também é uma 5ª diminuta
5/13b
6b ou 6m que é Sexta menor
Daí conclui-se que ALT se refere à: 

SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI– FÁ – SOL# 
T__________3ªm______5ªdim____6ªm 

Ou seja, neste acorde: modo que é o Sétimo grau da escala relativa menor, no caso uma escala harmônica, encontramos as características de ALT. Mas, simplificando, o ALT é uma escala que começa no 7º grau de uma escala relativa menor. ESCALA MENOR MELÓDICA

A escala menor melódica é uma escala montada a partir da relativa menor, só que com os 6º e 7º graus aumentados. Veja no exemplo:

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ# – SOL# – LÁ
1t ½ t 1t 1t 1t 1t ½ t

E seus intervalos são: T 2M 3m 4J 5J 6M 7M

Se você montar a escala natural de Lá maior verá que a única diferença que há entre a maior e a menor melódica é a Terça, que é maior na maior, e menor na menor melódica. Conclusão: para tornar um acorde maior em menor basta diminuir a sua Terça.

Campo harmônico da menor melódica

Tétrades

Graus:
LA – DO – MI – SOL#: dórico 7 +_____Am7+
SI – RE - FA# - LA: Frígio 6 _________Bm7
DO – MI – SOL# - SI: Lídio 7/5#______C7/5#
RE – FA# - LA – DO: mixolidio 4#____D7
MI – SOL# - SI – RE: mixolidio 6b____E7
FA# - LA – DO – MI: Locrio 9_______F#º
SOL# - SI – RE – FA#: Superior IO ou ALT7____G#º

Vamos agora trabalhar com as escalas gregas. Combinando-as.

Dispondo as escalas gregas, temos (as maiores):

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ: modo Jônio
RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ: modo Dórico
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI: modo Frígio
FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ: modo Lídio
SOL – LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL: modo Mixolídio
LÁ – SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL– LÁ: modo Aeólio
SI – DÓ– RÉ– MI– FÁ– SOL– LÁ– SI: modo Lócrio 






REPRESENTAÇÕES – SINAIS GRÁFICOS

Para representar os acordes foram criados sinais. As cifras (nome dos acordes) são identificadas por letras.

A B C D E F G
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol

E sinais como:
M - maior
+ - maior (quando estiver na frente dos 7º e 14º graus) e aumentada quando estiver na frente dos demais graus ou acordes (cifras).
– - menor
m - menor
sus à acorde suspenso
º diminuto (quando estiver na frente de cifras) e grau (quando estiver na frente de números que representam os graus da escala.
# - sustenido
b - bemol
x - duplo sustenido (natural da escala)
bb - duplo bemol (natural da escala)
( ) - atenção !
(add) - acorde que não contém um dos graus que compõe a tríade, suprimida temporariamente durante a execução. Ex.: Dadd (Fá# - Lá)
Ø - meio diminuto. (tríade diminuta que contém o sétimo grau menor)
/ acorde com baixo ou estrutura alterada. Ex.: D (Ré – Fá# - Lá) estrutura normal D/A (Lá – Ré – Fá#) estrutura alterada (graus invertidos).

Transposição:

Transposição é quando queremos transportar uma música, tocada em um acorde qualquer, para ser tocada em outro acorde. Exemplo:

Temos uma música tocada em C (dó maior) e queremos toca-la em E (mi maior)

Então conte quantos tons tem de C a E Dois tons

Escala do acorde da música:

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Escala que queremos tocar:

MI – FÁ# – SOL# – LÁ – SI – DÓ#– RÉ#– MI

Acordes comuns (exemplo) na música tocada em Dó maior

C7+ G/B C5+ Am Am/G F7+ G7 C7 F G E Dm7 G#7+ Gm7

Contando dois tons (isto vale para todos os acorde comuns).

C7+ = E7+
G/B = B7+
C5+ = E5+
Am = C#m
Am/G = C#m/B
F7+ = A7+
G7 = B7
C7 = E7
F = A
B = B
E = G#
Dm7 = F#m7
G#7+ = C7+
Gm7 = Bm7

MODULAÇÃO:

Modulação é quando uma música é tocada usando os acordes que pertencem ao campo harmônico do acorde usado, e num determinado trecho a melodia da música exige um outro acorde, que pertence ao campo harmônico de outro acorde.

Fonte: www.clickmusical.mus.br 
Para treinar os encadeamentos (seqüências de acordes), sugerimos a seguinte formação:

C - C/G - Am - Am/G - F - C/E - Dm - Dm/C - C/G - E4 - E - E/G#

Note que as notas vão decrescendo pelo baixo, ou seja, vão ficando mais graves.

Veja o contrário agora, em Lá menor (Am)

Am7 - Am/C - Dm7 - D#º - C/E - A75+ - D79 - G713 - C7M9

Outras sugestões de encadeamento.

Em dó menor

Cm - Dm75m - G4 - G - Bbm6 - C74sus - C7 - Fm - Fm7M - Fm7 - Bb5+ - Eb7M - Ab7M - Dm5-7 - G4 - G - Cm9

Usando pontes diminutas

C - C#º - Dm - G - G#º - Am - F - F#º - G - Cº - C

Sem o uso de pontes diminutas

C - Dm - G - Am - F - G - C

Substituições:

Sempre é bom dar um toque clássico nos acordes quando estamos executando-os, mas sem exagero, claro.

Sugerimos que, numa música em D (Ré maior), por exemplo:

Hino:

Há um lindo país.

D Em A
No mundo a gente chora de tristeza

D A
No mundo a gente ri prá não chorar

D Em A
O mundo não conhece o que é o amor

D A
O mundo não conhece o que é paz.


G A D Bm
Há um lindo país, onde existe o amor

Em A D D7
Onde não há guerras e nem dor

G A D Bm
Há um lindo país, onde existe o amor

Em A D A
Onde não há guerras e nem dor

Sugerimos a troca por:
D D#º Em7 A/G
No mundo a gente chora de tristeza

Em/D Em/Db A D/E G/A
No mundo a gente ri prá não chorar

D D#º Em7 A/G
O mundo não conhece o que é o amor

Em/D Em/Db A D D#º7 D97M
O mundo não conhece o que é paz.

G7M A/G F#m7 Aº7
Há um lindo país, onde existe o amor

Em7 A7M Am7 Dº
Onde não há guerras e nem dor

G7M A/G F#m7 B7
Há um lindo país, onde existe o amor

G/A D9 Final: G/A - F#m7 - Em7 - Aº - D7M
Onde não há guerras e nem dor 
Escala harmonizada de acordes ? 

Introdução


A harmonização de acordes em função de uma escala é uma ferramenta fundamental para compreender a utilização correcta da harmonia num tema. É um conceito que muitos músicos amadores não conhecem, mas que usam inconscientemente quando estão à "procura" do acorde que "soa bem" em determinada progressão. Assim, podemos dizer que "harmonizar" uma escala de acordes é identificar quais são os acordes que "ficam bem" em determinada escala.

O inverso também é verdade: se identificarmos qual a escala que se enquadra numa determinada progressão de acordes, o que estamos a fazer é a encontrar a escala subjacente à harmonização da progressão, o que pode ser útil para percebermos o que estamos a fazer.
Para que serve ?
  1. A harmonização de acordes é uma ajuda importante para quem quer compôr: Após uma ideia inicial de um riff ou de uma progressão que se quer trabalhar, a harmonização de acordes ajuda a identificar com facilidade mais acordes que se encaixam na mesma escala, sem termos de andar "a adivinhar".
  2. A harmonização permite ainda identificar a escala subjacente a uma progressão: Mais uma vez, permite perceber quais são os acordes determinantes da progressão e os menos importantes.
  3. O facto de uma progressão de acordes ter implícita uma escala torna evidente que se quisermos solar ou acrecentar um riff a uma progressão podemos utilizar essa escala (para começar). A hamonização explica como encontrar essa escala.
O que é ?

É simples: É usar cada nota da escala subjacente como base de um acorde e, depois, garantir que todas as notas desse acordes pertençem à escala.
Exemplo:
Vamos pegar nas notas da nossa escala favorita: A escala maior de Dó.
C    D    E    F    G    A    B
O que queremos é identificar um acorde correspondente a cada nota da escala, mas garantindo que todas as notas desse acorde continuam a pertencer à escala. Vamos começar pelo acorde de Dó:

1ª Nota1º Intervalo2º Intervalo
CC + m3 = D# (fora da escala!)C + 3 = E (está na escala)E + m3 = G (está na escala)E + 3 = G# (fora da escala!)
Como o 1º intervalo é uma 3ª maior o acorde é maiorComo o 2º intervalo é uma 3ª menor, o acorde não é aumentado: é um acorde maior normal.
Assim, na escala de Dó, o acorde harmonizado de Dó é C+E+G (Dó maior). Se precisar de relembrar as regras de formação de acordes, visite a nossa secção dedicada à formação de acordes.
Vamos agora harmonizar o acorde de Ré:

1ª Nota1º Intervalo2º Intervalo
DD + m3 = F (está na escala)D + 3 = F# (fora da escala!)F + m3 = G# (fora da escala!)+ 3 = A (está na escala)
Como o 1º intervalo é uma 3ª menor o acorde é menorComo o 2º intervalo é uma 3ª maior, o acorde não é diminuído: é um acorde menor normal.
Chegámos à conclusão que na escala maior de Dó, o acorde harmonizado de Ré é D+F+A (Ré menor). Podemos prosseguir assim para todas as notas da escala maior de Dó para chegar a todos os acordes harmonizados, mas já vamos resumir os resultados. Antes disso ainda vale a pena harmonizar o acorde de Si porque é o único caso é que o resultado é um acorde diminuído:

1ª Nota1º Intervalo2º Intervalo
BB + m3 = D (está na escala)B + 3 = D# (fora da escala!)D + m3 = (está na escala)+ 3 = F# (fora da escala!)
Como o 1º intervalo é uma 3ª menor o acorde é menorComo o 2º intervalo é uma 3ª menor, o acorde é diminuído
Na escala de Dó, o acorde de Si é diminuído! (Bdim = B+D+F).
Regra simples:
Se completássemos o exemplo anterior para todas as notas da escala maior de Dó, chegaríamos à conclusão que a escala de acordes harmonizada de Dó é:
C    Dm    Em    F    G    Am    Bdim
Isto é verdade para todas as escalas maiores ! Os acordes harmonizados são sempre nesta sequência: Maior, menor, menor, Maior, Maior, menor, diminuído. Por exemplo, os acordes harmonizados na escala maior de Sol são:
Escala maior de Sol:
G    A    B    C    D    E    F#
Acordes harmonizados na escala de Sol maior:
G    Am    Bm    C    D    Em    F#dim
Conclusão:
  • A harmonização de uma escala de acordes garante a coerência harmónica de uma progressão de acordes com uma escala subjacente.
  • Analise a cifra de uma música que goste, provavelmente a maior parte do tema trabalha numa escala harmonizada de acordes! Por vezes, para dar "dinâmica" ao tema, o compositor sai da escala harmonizada nas bridges ou pontes, mas depois volta à mesma escala. Existem alguns casos muito comuns por funcionarem bem, como por exemplo no 4º acorde da escala mudar para um acorde menor, o que permite sair da escala harmonizada para marcar uma mudança no tema.
  • Também é possível harmonizar uma escala menor, mas nesse caso existem três escalas subjacentes, a Natural, a Harmónica e a Melódica. As regras de hamonização são exactamente as mesmas que para a escala maior. Veja a nossa página sobre Harmonização nas escalas menores para as conhecer.
  • A harmonização também se aplica aos acordes de 7ª, basta garantir que a 7ª também está na escala subjacente. Veja:Harmonização de acordes de 7ª.

Nenhum comentário:

Postar um comentário